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About Me

João in Tokyo

João Pedro Bragança was born in 1990 in Lisbon, Portugal, and completed his Master's degree in Architecture in 2015 at Accademia di Architettura di Mendrisio, in Switzerland. After collaborations with multiple architecture studios around the world, from Tokyo to Zurich, his vocation became the starting point for wider explorations. A lover of the freedom that comes with the creative act, and interested in the diverse artistic expressions and languages that enhance it, João Bragança searches for the dematerialisation of the limits within architecture. His creations, even though not always containers of liveable space, foresee an exploration of architecture’s own vocabularies. João lives and works in Cascais, Portugal.

Giving light a body

"The main theme of my work is the light: the sunlight, the light of Lisbon (my hometown), the light as a representation of the divine, the lights that illuminate the night … Thus, the light is the main character of each of my sculptures. My biggest challenge is to give it a body. Giving light a body. They ask me about the material and I answer: the material of these sculptures is not cardboard, it is the light."

Solo exhibitions:

12.09.2021 - 14.01.2022 | RELIEFS | At Spazioarte Galerie in Munich, Germany

RELIEFS

In the winter of 2021, in the midst of the Pandemic, João presents his first solo-exhibition at the newly opened Spazioarte Gallery in Munich, Germany.

Curated by the young german architect and designer Julian Botti, the exhibition features a selection of sculptures created between 2020 and 2021.

In total, there are 7 high-reliefs on display on the gallery walls until January 2022. Their material is cardboard, but if you ask the author what material these sculptures are made of, his answer will be different.

João learned how to use cardboard while studying architecture. He used it as a support to make mockups of his first projects. But it was during an internship in Tokyo, with the architect Kengo Kuma, that he discovered the true potential of this material: “the Japanese worked it using manual techniques of unparalleled precision.”

Despite recognising cardboard’s extraordinary qualities, the author prefers to elect light as the real material his works are made of. 

Light, and its absence – shadow – are the main characters of this exhibition. The white waving surfaces of each one of the exhibited art pieces is only broken by the vibrant redness of “Scala Rossa”, unlike any other. The author explains that he aimed at recreating the allegories of Heaven and Hell, and so he decided to place face to face two pieces representing that dichotomy, widely celebrated by the most diverse artists of all Ages.  

Oppositions, or dichotomies, is another theme explored throughout the walls of Spazioarte.

Two twin sculptures, “Baltazar” and “Blimunda”, seem to talk to us about it. They make reference to the two main characters of Memorial do Convento, a novel by the Portuguese Nobel laureate José Saramago, born precisely 99 years ago. As in Saramago's classic, these two sculptures are an expression of two fields that, although opposite, complement each other, forming an idea of universal unity.

On the opposite wall there are two pieces entitled “Desert Night” and “Desert Sun”. Here, too, the presence of night and day allude to opposing concepts. The author explains that he often uses his personal imagination and memories to help him in the creative process. A trip to the desert of Morocco in 2018 was the motto for the creation of these two sculptures.

In the back of the room, in a prominent place, flanked by the representation of Heaven and Hell, is “Midday Sun”. This white high-relief impresses with its contrasting play of light and shadow. When mentioning this particular piece, the author alludes to the city where he grew up. “Lisbon’s light is unique”, he says. “The city faces south, where the Tagus estuary is, resembling a mirror. The multicoloured houses that populate the city's hills reflect an intense white light. The shadows are also more contrasting there”.  

“Midday Sun” tells us about that light of Lisbon. And also about this artist’s DNA, who fills his works with references to Portuguese culture.

João Pedro Bragança nasceu em 1990 em Lisboa, Portugal, e concluiu o Mestrado em Arquitectura na Accademia di Architettura di Mendrisio em 2015, na Suíça. Após colaborações com vários ateliers de arquitetura espalhados pelo mundo, de Tóquio a Zurique, a arquitetura torna-se o ponto de partida para explorações mais amplas. Apaixonado pela liberdade do ato criativo e interessado pelas diversas expressões e linguagens artísticas que o potenciam, João Bragança procura, através do seu trabalho, desmaterializar os limites da arquitetura. As suas produções, ainda que muitas vezes não contenham espaço habitável, deixam antever uma exploração dos vocabulários próprios da arquitetura. João vive e trabalha em Cascais, Portugal.

Dar corpo à luz

"O tema central do meu trabalho é a luz: a luz do Sol, a luz de Lisboa (a minha cidade), a luz enquanto representação do divino, as luzes que iluminam a noite … A luz é, assim, a personagem principal de cada uma das minhas esculturas. O meu maior desafio é dar-lhe um corpo. Dar corpo à luz. Perguntam-me pelo material e respondo: o material destas esculturas não é o cartão, é a luz."

Exposições individuais:

12.09.2021 - 14.01.2022 | RELIEFS | Na Galeria Spazioarte em Munique, Alemanha

RELEVOS

No inverno de 2021, em plena Pandemia, João apresenta a sua primeira exposição individual na recém inaugurada Galeria Spazioarte em Munique, na Alemanha.

Com curadoria do jovem arquiteto e designer alemão Julian Botti, a exposição conta com uma seleção de esculturas realizadas entre 2020 e 2021.

No total são 7 os altos-relevos em exibição nas paredes da galeria até janeiro de 2022. O seu material é o cartão, mas se perguntarem ao autor de que matéria são feitas estas esculturas, a sua resposta será diferente.  

João aprendeu a trabalhar o cartão enquanto estudante de arquitetura. Usava-o como suporte para fazer as maquetes dos seus primeiros projetos. Mas foi durante um estágio em Tóquio,  com o arquiteto Kengo Kuma, que descobriu o verdadeiro potencial deste material: “os japoneses trabalhavam-no com recurso a técnicas manuais de uma precisão inigualável.”

Apesar de reconhecer no cartão qualidades extraordinárias, o autor prefere eleger a luz como o verdadeiro material de que são feitos os seus trabalhos. 

A luz, e a sua ausência – a sombra – são as protagonistas desta exposição. O branco das superfícies ondulantes de cada uma das peças em exibição só é quebrado pelo vibrante vermelho de “Scala Rossa”, diferente de todas as outras. O autor explica que quis recriar as alegorias do Céu e do Inferno, e por isso decidiu colocar frente a frente duas peças que representassem essa dicotomia, tão celebrada pelos mais diversos artistas de todas as épocas.

Oposições, ou dicotomias, é outro dos temas explorados ao longo das paredes da Spazioarte. Duas esculturas irmãs, “Baltazar” e “Blimunda”, parecem falar-nos disso mesmo. Fazem referência às duas personagens centrais de Memorial do Convento do Nobel português José Saramago, nascido há precisamente 99 anos. Tal como no clássico de Saramago, estas duas esculturas são expressão de dois campos que, ainda que opostos, se complementam, formando uma ideia de unidade universal.

Na parede oposta estão duas peças intituladas “Noite no Deserto” e “Sol do Deserto”. Também aqui a presença da noite e do dia aludem a conceitos opostos. O autor explica que, muitas vezes, recorre ao seu imaginário pessoal e às suas memórias para o auxiliarem no processo criativo. Uma viagem ao deserto de Marrocos realizada em 2018 foi o mote para a realização destas duas esculturas. 

Ao fundo da sala, num lugar de destaque, rodeada pela representação do Céu e do Inferno, está “Sol do Meio Dia”. Este alto-relevo branco impressiona pelo jogo contrastante de luz e sombra. Ao falar desta peça em particular, o autor faz referência à cidade onde cresceu. “A luz de Lisboa é única”, afirma. “A cidade vira-se para sul onde está o estuário do Tejo que mais parece um espelho. O casario multicolor que povoa as colinas da cidade reflete uma luz branca intensa. Também as sombras são mais contrastantes ali”.

“Sol do Meio Dia” fala-nos dessa luz de Lisboa. E também do ADN deste artista, que povoa os seus trabalhos de referências à cultura portuguesa.